Perguntas Frequentes – Escutas na Clínica

1. Como as violências de gênero e de raça impactam a saúde mental?
Essas violências podem gerar efeitos como ansiedade, baixa autoestima e sentimentos de exclusão e despotencialização. Na clínica, trabalhamos para reconhecer e enfrentar esses impactos, criando um espaço seguro para que cada pessoa se sinta acolhida em suas experiências e diversidades.

2. De que forma o modelo neoliberal contribui para o adoecimento?
A pressão por produtividade constante e competitividade extrema leva a questões como esgotamento por trabalho, estresse crônico e distúrbios do sono. Aqui, discutimos como esses fatores afetam o bem-estar e buscamos alternativas para cultivar um equilíbrio saudável através da identificação de recursos produtores de saúde.

3. O que significa a patologização da vida?
A patologização ocorre quando desafios são rotulados como doenças, o que pode desconsiderar o contexto social e individual e comprometer um cuidado em saúde potencializador ao adotar um modelo reducionista e estigmatizante de atenção em saúde mental. Na terapia, exploramos formas de entender a singularidade de cada pessoa, sem rotular ou reduzir sua experiência e investigando alternativas de cuidado. Somamos recursos com outros espaços de proteção e cuidado. 

4. Como a clínica aborda esses temas na psicoterapia?
Nossa abordagem é contextual e integrativa, respeitando a singularidade e as condições de cada pessoa. Discutimos questões sociais, como gênero, raça e condições de trabalho, para entender o sofrimento além dos sintomas ao mesmo tempo que zelamos pelo tratamento dos efeitos desses contextos adoecedores.

5. Quais sinais indicam que essas questões estão afetando minha saúde mental?
Sentimentos persistentes de cansaço, desânimo, irritabilidade e isolamento podem ser reflexos dessas influências. A terapia oferece um espaço para compreender e trabalhar esses sentimentos de forma acolhedora e reflexiva e promover mudanças cotidianas e relacionais, inclusive consigo e suas formas de vida.